A
REFORMA QUE NÃO VAI ACONTECER
A Câmara dos Deputados vem votando pontualmente
uma suposta reforma política, embora a sociedade brasileira de antemão já
soubesse que uma reforma séria não seria aprovada, pois para isso acontecer precisaria
de um parlamento realmente comprometido com o novo, e que isto cortaria
privilégios da classe política, principalmente dos seus membros ora no poder, e
ninguém por aqueles lados querem "mexer" nas conquistas que lhes custaram
muito dinheiro e promessas para alcança – las.
Até
agora quase nada de importante foi votado pela Câmara dos Deputados em relação
as mudanças do sistema eleitoral vigente, e o pouco que foi produzido é
irrelevante diante do que a sociedade aguardava, e agora sente aos poucos as esperanças de uma
reforma abrangente serem sepultadas pela à mesmice dos discursos vazios e os
arroubos populista da maioria dos seus membros. Esse é o parlamento prolixo
onde se assentam os representantes do povo, esse é perfil do colegiado de
parlamentares com poderes auferidos pelo voto popular.
REFORMA
PRA QUÊ?
Reformas
requer coragem, altivez, espirito inovador e acima de tudo honestidade. Uma
reforma política necessita de idoneidade moral para ser discutida, é preciso
envolver todos os seguimentos da sociedade organizada, vítima em potencial do
descaso praticado pelo poder político gestado pelo um sistema eleitoral falido
e desacreditado como o atual, pai da corrupção endêmica que reside em todos os
poderes constituídos.
Quem
tem poderes para reformar não tem interesse em faze - lo, não como deveria,
pois mudanças podem impedir ou amenizar esse ganho, e aí o interesse individual
e corporativo se sobrepõe ao da coletividade, portanto, reforma pra quê? Os Deputados
Federais se negam ouvem o clamor popular, e propõe a fazerem uma reforma
política pífia, e tentam passar a imagem de que estão deveras interessados em
mudar o que há muito vem dando errado e que somente eles podem mudar.
O
EGOISMO DO PARLAMENTO
A
Câmara dos Deputados em rota de colisão com o Senado Federal, votou propostas
tão insignificantes dentro da proposta de reforma política que foi alvo de
chacotas por parte da sociedade, fato lamentável para uma casa composta por
quinhentos e treze membros, pagos com o dinheiro público para legislarem, tendo
a responsabilidade de criarem leis sérias para o benefício da sociedade, pois é
lá que se traça a legalidade das ações dos demais poderes e se projeta a vida
dos cidadãos.
Reduzir
tempo de mandato, de idade para ocupar cargos eletivos, mudar data de posse de
políticos eleitos, é tão surreal que seria cômico se não fosse triste, há ainda
a birra entre o Senado e a Câmara Instituições, ora ocupadas por dois Senhores
de reputação duvidosa, e cheios de egocentrismo, que lutam pelas luzes da
ribalta e pela conquista de espaço dentro de um partido heterogêneo e
interesseiro.
Atualmente
o tempo de mandato de Senador da Republica é de oito anos, a Câmara modificou o
prazo de todos os mandatos estabelecendo – o em cinco anos, a proposta aprovada
pelos Deputados vai ao Senado, certamente os Senhores Senadores que atuarão
como revisores jamais aceitarão a redução dos seus mandatos, direito
constitucionalmente garantido aos membros daquela Casa. A pergunta é, como se
dará essa disputa? Pois havendo mudanças a proposta volta novamente à Câmara
dos Deputados, Casa iniciadora da proposta. Qual será o fim deste embate, sem
debate? A proposta precisa ser aprovada este ano para entrar em vigor no
próximo ano, diante disto é esperar para ver tudo se findar, e continuar como
dantes.
Geraldo
Gama
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